Conforme o investidor Mariano Marcondes Ferraz, ao longo das décadas, algumas commodities mantiveram sua importância estratégica e financeira no cenário econômico mundial. Ouro, soja e petróleo: como os clássicos se mantêm no topo das negociações globais é um tema que ajuda a entender por que certos ativos atravessam gerações sendo protagonistas nos mercados internacionais. Mesmo com a chegada de novas matérias-primas e tendências sustentáveis, essas três mercadorias continuam liderando em volume, valor e relevância geopolítica.
Descubra o que mantém ouro, soja e petróleo no topo das negociações globais. Continue a leitura e entenda como isso afeta o mercado atual.
Por que ouro, soja e petróleo: como os clássicos se mantêm no topo das negociações globais?
A resposta para ouro, soja e petróleo: como os clássicos se mantêm no topo das negociações globais está no papel fundamental que esses ativos desempenham na economia mundial. O ouro, por exemplo, sempre foi símbolo de reserva de valor e proteção em momentos de incerteza. Em tempos de crise econômica ou tensões geopolíticas, investidores migram para o ouro como forma de preservar capital, o que mantém sua alta demanda e valor no mercado.

Segundo Mariano Marcondes Ferraz, a soja ocupa posição central na segurança alimentar mundial. Ela não apenas alimenta bilhões de pessoas diretamente, mas também é base para rações animais, biocombustíveis e produtos industriais. A expansão do consumo de proteína animal nos países emergentes aumenta a necessidade global de soja, sustentando sua importância e volume nas bolsas internacionais. Além disso, o Brasil e os Estados Unidos, principais exportadores, influenciam o preço global da commodity.
O petróleo, por sua vez, continua sendo o principal combustível da economia moderna, responsável pelo abastecimento energético de indústrias, transportes e pela fabricação de inúmeros derivados. Mesmo com o avanço das energias renováveis, o petróleo mantém um papel estratégico. Fatores como conflitos em regiões produtoras, decisões da OPEP e variações cambiais garantem que seu preço e sua disponibilidade sejam questões sensíveis para governos e mercados em todo o mundo.
Como esses mercados enfrentam as pressões ambientais e tecnológicas?
Apesar de sua posição consolidada, os mercados de ouro, soja e petróleo enfrentam desafios impostos pelas demandas ambientais e pelo avanço tecnológico. No caso do ouro, há uma crescente pressão por mineração responsável e certificada, reduzindo o impacto ambiental e combatendo práticas ilegais. Mineradoras adotam métodos menos agressivos e buscam certificações internacionais para atender investidores mais exigentes e preocupados com critérios ESG.
A soja lida com pressões ainda maiores, especialmente pela relação com o desmatamento e o uso intensivo de recursos naturais. Grandes empresas exportadoras estão sendo cobradas para adotar práticas de cultivo sustentável, reduzir emissões e preservar áreas de vegetação nativa. Ao mesmo tempo, a biotecnologia permite o desenvolvimento de sementes mais resistentes, com menor consumo de água e defensivos agrícolas, tornando a produção mais eficiente e ambientalmente correta.
O petróleo convive com o avanço das energias limpas e a meta de descarbonização de várias economias. Porém, mesmo com a busca por alternativas, a demanda global por petróleo segue em crescimento, especialmente nos países emergentes. De acordo com o empresário Mariano Marcondes Ferraz, as petroleiras têm investido em transição energética e redução de emissões, diversificando suas operações e apostando em gás natural, energia eólica e solar como complementos à atividade petrolífera tradicional.
Quais são as tendências para o futuro dessas três commodities?
Embora enfrentem mudanças significativas no cenário econômico e ambiental, as tendências apontam que ouro, soja e petróleo continuarão relevantes nas próximas décadas. O ouro tende a reforçar sua posição como ativo de proteção, especialmente diante de crises financeiras, conflitos e incertezas políticas. O crescimento de reservas em bancos centrais de países emergentes mostra que o metal precioso seguirá valorizado.
Para a soja, a expectativa é de ampliação de mercados na Ásia, África e América Latina, onde a demanda por proteína animal e óleos vegetais aumenta ano após ano. Além disso, o uso de soja para biocombustíveis e produtos industrializados deve garantir a expansão das exportações. Como destaca o investidor Mariano Marcondes Ferraz, a tecnologia agrícola será decisiva para aumentar a produtividade sem comprometer recursos naturais e cumprir exigências ambientais internacionais.
O petróleo, apesar dos desafios, ainda terá protagonismo na matriz energética global, especialmente em segmentos onde a eletrificação avança mais lentamente, como transporte aéreo, marítimo e industrial pesado. A tendência é de que a oferta se concentre em países com custos mais competitivos e reservas de fácil acesso, enquanto as grandes companhias investem em tecnologias de captura de carbono e fontes alternativas de energia.
Autor: Elmaris Elyster