O programa de saúde indígena do SUS em Cuiabá está no centro de uma grave investigação que pode expor uma série de irregularidades envolvendo desvio de verbas públicas. A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União estão à frente das apurações, que miram contratos firmados entre organizações sociais e o Ministério da Saúde. O foco da investigação recai sobre a atuação do Distrito Sanitário Especial Indígena localizado na capital mato-grossense, responsável pela atenção básica de milhares de indígenas da região. O programa de saúde indígena do SUS em Cuiabá, que deveria ser um exemplo de assistência, se vê agora envolto em denúncias que comprometem a integridade de sua gestão.
As suspeitas levantadas indicam fraudes milionárias em processos de contratação de bens e serviços, com indícios de favorecimento, superfaturamento e ausência de prestação de contas. O programa de saúde indígena do SUS em Cuiabá, que tem como objetivo garantir atendimento médico e condições mínimas de saúde às populações originárias, passa a ser símbolo de um sistema corroído pela má gestão e pela corrupção. As investigações iniciais apontam para contratos que ultrapassam dezenas de milhões de reais, com possíveis desvios que comprometem diretamente o atendimento às comunidades indígenas.
Segundo informações preliminares, a investigação também apura a existência de uma rede de empresas de fachada usadas para simular concorrência e mascarar o uso indevido dos recursos públicos. O programa de saúde indígena do SUS em Cuiabá, nesse cenário, teria sido usado como plataforma para interesses privados, contrariando completamente os princípios do Sistema Único de Saúde. A CGU está cruzando dados, contratos, registros fiscais e depoimentos para entender a extensão do dano causado aos cofres públicos e ao atendimento básico das etnias assistidas.
A operação conjunta entre PF e CGU visa não apenas identificar os responsáveis diretos, mas também mapear o percurso do dinheiro, desde a liberação do orçamento até a execução dos contratos. O programa de saúde indígena do SUS em Cuiabá, caso se confirme o esquema, representa um triste retrato de como políticas públicas destinadas aos mais vulneráveis podem ser corrompidas por interesses mesquinhos. O impacto disso vai muito além do prejuízo financeiro, afetando vidas reais que dependem desses serviços para sobreviver com dignidade.
O modelo adotado pelo Ministério da Saúde, que terceiriza a execução dos serviços por meio de parcerias com entidades privadas, está sendo duramente questionado por especialistas e servidores públicos. O programa de saúde indígena do SUS em Cuiabá se torna, assim, exemplo de um sistema que carece de fiscalização eficiente, transparência e mecanismos de controle. A fragilidade institucional permitiu que brechas fossem exploradas por gestores mal-intencionados, colocando em risco todo o esforço de políticas públicas voltadas para a inclusão social dos povos indígenas.
Além das investigações em curso, cresce a pressão para que o Ministério da Saúde reveja imediatamente os contratos vigentes e apresente um plano de reestruturação da rede indígena. O programa de saúde indígena do SUS em Cuiabá passa a ser uma prioridade também no campo político, com parlamentares cobrando esclarecimentos e ações urgentes para restaurar a confiança da população. O caso pode gerar um efeito dominó e estimular auditorias em outras regiões, onde o modelo de gestão é semelhante.
As lideranças indígenas, por sua vez, exigem voz ativa nas decisões e maior protagonismo na administração dos serviços que lhes dizem respeito. O programa de saúde indígena do SUS em Cuiabá, para ser realmente eficaz, precisa incorporar a cultura, os saberes e as necessidades dos povos originários, além de contar com transparência e gestão honesta. O distanciamento entre Brasília e a realidade local tem sido uma das grandes falhas do sistema, criando brechas que facilitam esquemas como os que estão sendo investigados.
O futuro do programa de saúde indígena do SUS em Cuiabá dependerá da firmeza com que as autoridades conduzirão o processo de responsabilização e reforma. A população indígena não pode mais ser alvo de abandono, muito menos de esquemas criminosos que desviam o que já é escasso. Que a dor causada por essa denúncia sirva de catalisador para mudanças estruturais e que a justiça seja feita não apenas nos tribunais, mas também na reconstrução de uma política pública justa, transparente e verdadeiramente voltada ao bem comum.
Autor: Elmaris Elyster