Na madrugada deste domingo, a Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, registrou uma fuga de duas detentas de alta periculosidade, despertando atenção imediata das autoridades. O episódio reacende debates sobre segurança em unidades prisionais femininas e sobre a necessidade de estratégias mais eficazes de controle interno. A fuga chamou atenção pelo perfil das detentas e pelas implicações para a segurança da região.
As fugitivas foram identificadas como Angélica Saraiva de Sá, de 34 anos, e Jessica Leal da Silva, de 36 anos, ambas com histórico criminal extenso e envolvimento em organizações criminosas. A situação evidencia desafios enfrentados pelas penitenciárias na manutenção da ordem, sobretudo quando detentas possuem alto grau de influência dentro do sistema criminal. A fuga aconteceu de forma organizada, o que demonstra planejamento e conhecimento do ambiente prisional.
Angélica, conhecida no meio criminoso por sua liderança, possui condenações severas por homicídio, tráfico de drogas e organização criminosa, totalizando penas que somam mais de 250 anos. Jessica, por sua vez, atua em regiões específicas como líder de grupos voltados ao tráfico, mostrando como figuras femininas podem exercer grande poder no crime organizado. Esse histórico evidencia que medidas preventivas precisam ser ainda mais rigorosas para detentas com esse perfil.
A Secretaria de Estado de Justiça iniciou investigação interna imediatamente, envolvendo a Corregedoria Geral e a Inteligência da instituição. A apuração busca identificar falhas no sistema de segurança que possam ter facilitado a fuga e evitar que casos semelhantes ocorram no futuro. Além disso, a ação evidencia a necessidade de integração entre diferentes setores do sistema penitenciário e órgãos de segurança pública.
O Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas foi acionado para reforçar a segurança na unidade, garantindo que medidas emergenciais fossem aplicadas rapidamente. O apoio das equipes especializadas demonstra que a resposta institucional busca minimizar riscos e recuperar o controle da situação, reforçando a importância de protocolos claros e treinamento constante das equipes.
Autoridades também apelam à população para que forneça informações que possam levar à captura das fugitivas, ressaltando que denúncias podem ser feitas com total sigilo. A colaboração da comunidade é considerada estratégica, sobretudo em casos envolvendo criminosas de alta periculosidade, cujas ações podem impactar seriamente a segurança local e regional.
A fuga também levanta questionamentos sobre os métodos de monitoramento e o nível de supervisão dentro das penitenciárias femininas, especialmente quando detentas possuem histórico de liderança e influência em redes criminosas. Especialistas apontam que investir em tecnologia, inteligência e protocolos preventivos é essencial para reduzir riscos de incidentes desse tipo.
Casos como este reforçam a necessidade de estratégias mais robustas na gestão de unidades prisionais, equilibrando segurança, prevenção e controle de detentas com alto perfil criminoso. A experiência demonstra que o sistema prisional precisa se adaptar constantemente, promovendo integração entre inteligência, operação e comunidade, para garantir que situações de risco sejam rapidamente contidas.
Autor: Elmaris Elyster