Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que a fertilidade feminina é resultado da interação entre múltiplos fatores, sendo a saúde emocional um dos mais determinantes. Muito além de um detalhe secundário, o equilíbrio psicológico influencia diretamente a liberação de hormônios, o funcionamento dos ovários e a qualidade dos óvulos. Emoções como ansiedade, estresse ou tristeza prolongada podem desregular o ciclo menstrual e dificultar o processo de ovulação, tornando a concepção mais desafiadora. A compreensão dessa relação entre corpo e mente é essencial para quem busca compreender os obstáculos que se apresentam no caminho da maternidade.
O estresse como fator de desequilíbrio hormonal
O estresse, em níveis elevados e constantes, é um dos principais vilões da saúde reprodutiva. De acordo com Tosyn Lopes, quando o organismo permanece em estado de alerta contínuo, há maior liberação de cortisol e adrenalina, hormônios que prejudicam a produção de FSH e LH, fundamentais para a maturação dos folículos ovarianos. Esse desequilíbrio gera ciclos menstruais irregulares e, em casos mais graves, pode até provocar anovulação, quando não ocorre liberação de óvulos.
Além da alteração hormonal, o estresse crônico aumenta a produção de radicais livres, comprometendo a integridade celular e a saúde dos gametas. Isso significa que mesmo quando ocorre a ovulação, a qualidade dos óvulos pode estar comprometida, reduzindo as chances de fecundação e implantação bem-sucedida. É por isso que ambientes de alta pressão emocional, como jornadas de trabalho intensas ou situações familiares complexas, podem ser fatores invisíveis de infertilidade.

Ansiedade, depressão e seus reflexos na fertilidade
A ansiedade e a depressão também exercem influência direta sobre a ovulação. Segundo Oluwatosin Tolulope Ajidahun, essas condições alteram neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, impactando tanto o humor quanto o sono, dois elementos essenciais para o equilíbrio reprodutivo. O sono inadequado, por exemplo, reduz a produção de melatonina, hormônio que protege os óvulos contra o estresse oxidativo e ajuda a regular o ciclo menstrual.
Mulheres que enfrentam quadros depressivos podem, ainda, apresentar menor interesse por hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática de exercícios, fatores que também são indispensáveis para a fertilidade. Ademais, alguns medicamentos utilizados no tratamento da depressão e da ansiedade podem alterar a função hormonal, exigindo acompanhamento rigoroso para minimizar riscos. Esse cenário evidencia a importância de um cuidado integrado, que não desconsidere a saúde emocional dentro da jornada reprodutiva.
Estratégias emocionais para apoiar a ovulação
Manter a saúde emocional em equilíbrio é uma medida que pode aumentar significativamente as chances de engravidar. De acordo com Tosyn Lopes, práticas como psicoterapia, atividades de relaxamento, ioga, meditação e exercícios respiratórios são capazes de reduzir o estresse e promover bem-estar. A inclusão de atividade física moderada, adaptada às condições individuais, também contribui para regular a produção hormonal e fortalecer o sistema reprodutivo.
Outro ponto importante é a criação de uma rede de apoio sólida. Compartilhar sentimentos com familiares, amigos ou grupos de apoio permite aliviar tensões e enfrentar os desafios da infertilidade com mais resiliência. Além disso, estratégias multidisciplinares, envolvendo médicos, nutricionistas e psicólogos, proporcionam um tratamento mais completo, considerando tanto a dimensão física quanto a mental da saúde reprodutiva.
Emoções e ovulação: a mente como parceira da fertilidade
De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, compreender a conexão entre emoções e ovulação é fundamental para mulheres que desejam engravidar. As evidências científicas reforçam que a fertilidade não deve ser vista apenas como um processo biológico, mas também como um reflexo da saúde mental. Ao cuidar das emoções, a mulher cria condições internas mais favoráveis para o equilíbrio hormonal e a qualidade dos óvulos, aumentando suas chances de concepção.
Enxergar a mente como parceira da fertilidade é um passo essencial na jornada rumo à maternidade. Mais do que um detalhe, o bem-estar emocional é um pilar invisível que sustenta todo o processo reprodutivo. Investir nesse equilíbrio é investir não apenas em qualidade de vida, mas também em esperança e possibilidades reais de gerar uma nova vida.
Autor: Elmaris Elyster
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.