De acordo com Teciomar Abila, escolher o primeiro investimento é um dos momentos mais decisivos da vida financeira. O mercado brasileiro oferece uma ampla variedade de opções, e entre as principais portas de entrada estão o Tesouro Direto, o CDB e as ações. Cada modalidade possui características, riscos e rentabilidades diferentes, e compreender essas nuances é essencial para começar com segurança e estratégia.
Mais importante do que buscar o “melhor investimento” é entender qual se encaixa melhor no seu perfil de investidor, considerando sua tolerância ao risco, objetivos e horizonte de tempo.
Se você deseja essa autoconhecimento financeiro, que é o alicerce de uma trajetória sólida e consistente, continue lendo a seguir!
Compreendendo seu perfil de investidor
Antes de investir, é fundamental descobrir se você é conservador, moderado ou arrojado.

- O conservador busca previsibilidade e prefere retornos menores, mas seguros;
- O moderado aceita pequenas oscilações em troca de rentabilidades superiores à poupança;
- O arrojado, por sua vez, está disposto a enfrentar volatilidade para alcançar ganhos expressivos.
Para Teciomar Abila, compreender seu perfil é o primeiro passo para evitar frustrações e garantir que as decisões de investimento estejam alinhadas aos seus objetivos pessoais — seja formar uma reserva, comprar um imóvel ou planejar a aposentadoria.
O prazo também influencia suas escolhas: para metas de curto prazo, o ideal é optar por aplicações conservadoras e líquidas; já para objetivos de longo prazo, investimentos mais voláteis como ações podem gerar resultados superiores.
Tesouro Direto: Segurança e previsibilidade
O Tesouro Direto é considerado o investimento mais seguro do Brasil, pois é garantido pelo Governo Federal. Ao comprar títulos públicos, o investidor empresta dinheiro ao Estado em troca de juros. A aplicação mínima é de cerca de R$ 30, tornando-o acessível a qualquer pessoa. Existem três tipos principais de títulos:
- Tesouro Selic: Acompanha a taxa básica de juros e é indicado para reserva de emergência;
- Tesouro IPCA+: Combina rentabilidade fixa com correção pela inflação, ideal para objetivos de longo prazo;
- Tesouro Prefixado: tem taxa definida na compra e pode ser vantajoso quando as taxas de juros estão em queda.
Como destaca Teciomar Abila, o Tesouro Direto é uma excelente escolha para quem busca estabilidade, liquidez e aprendizado inicial sobre o mercado financeiro. Além disso, os títulos podem ser resgatados a qualquer momento, oferecendo flexibilidade ao investidor.
CDB: Rentabilidade com proteção
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é emitido por bancos e funciona como um “empréstimo” que o investidor faz à instituição financeira em troca de juros. Ele pode ser prefixado, pós-fixado (geralmente atrelado ao CDI) ou híbrido (IPCA + taxa fixa).
Os CDBs são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura até R$ 250 mil por CPF e por instituição em caso de falência do banco. Isso torna o investimento bastante seguro, especialmente quando se diversifica entre diferentes instituições.
Os CDBs de bancos médios e pequenos tendem a oferecer taxas mais atrativas — muitas vezes entre 110% e 130% do CDI — superando o Tesouro Selic em rentabilidade líquida. No entanto, é importante observar o prazo de resgate: alguns CDBs oferecem liquidez diária, enquanto outros exigem que o valor permaneça investido até o vencimento.
Essa flexibilidade faz do CDB uma opção interessante para quem busca rendimento acima da média, sem abrir mão da segurança.
Ações: Potencial de crescimento a longo prazo
Investir em ações significa comprar pequenas partes de empresas listadas na bolsa de valores, tornando-se sócio delas. Os ganhos podem vir da valorização das ações ou do recebimento de dividendos, que são parcelas do lucro distribuídas aos acionistas.
As ações, no entanto, são o tipo de investimento com maior volatilidade, variando conforme o desempenho das empresas e as condições econômicas. Apesar disso, no longo prazo, o potencial de retorno tende a superar a renda fixa.
Conforme Teciomar Abila, investir em ações exige paciência, disciplina e visão de longo prazo. O investidor iniciante deve começar por empresas sólidas e lucrativas, de setores essenciais como energia, bancos e consumo básico. Também é recomendável aplicar valores mensais fixos, prática conhecida como preço médio, para diluir riscos e aproveitar as oscilações de mercado a favor.
Como montar uma carteira equilibrada?
Uma boa estratégia para iniciantes é combinar as três modalidades em proporções equilibradas, conforme o perfil:
- 60% em Tesouro Direto, garantindo segurança e liquidez;
- 30% em CDBs, para obter rentabilidade maior na renda fixa;
- 10% em ações, para começar a construir ganhos de longo prazo.
Essa diversificação reduz riscos e permite que o investidor aprenda gradualmente a lidar com diferentes tipos de ativos. Com o tempo, conforme o conhecimento e a confiança aumentam, é possível ajustar as proporções e incluir novos produtos financeiros.
Investimentos: Uma combinação inteligente e segura!
Como evidencia Teciomar Abila, não existe um único investimento que atenda a todos os perfis, mas sim uma combinação inteligente entre segurança, rentabilidade e crescimento. O Tesouro Direto é o alicerce da estabilidade; o CDB oferece excelente equilíbrio entre retorno e proteção; e as ações representam o caminho para a valorização no longo prazo.
Investir é mais do que buscar lucros — é uma forma de construir liberdade e independência financeira. Comece com o que você tem hoje, mantenha constância nos aportes e amplie seu conhecimento continuamente. Cada pequeno passo representa uma conquista na jornada rumo à prosperidade e ao controle do próprio futuro.
Autor: Elmaris Elyster